Somos do Rio, da cidade violenta
Maravilhosa e fedorenta
Onde o Cristo Redentor
Abre seus braços esperando um assalto
Lá de cima, indignado, vendo a merda que nego criou
Somos do Rio, de praias tropicais
Onde tem preto, branco, amarelo, Ãndio e vários animais
Um tipo de gente que se sente feliz
Vivendo na merda e empinando o nariz
Hey, mauricinho
Nós vamo invadir, invadir seu condomÃnio
Estamos vivendo no morro e de saco cheio, ou então
Em condomÃnios, feito prisioneiro
A cidade é tão linda, mas também é um esgoto
Quem ignora, só pode ser escroto
Somos do Rio, da cidade favela que vive o paradoxo entre bem e omal
O bem é o que anda quando alguém tem fome
O mal é todo mundo, é um sujeito normal
O mal não é um tipo malvado, desumano
E podre, que não tem sentimento algum no coração
Ele não sabe que é mal, ele não sabe de nada
Ele nem liga pra situação