Cidadão Comum Refém Testo

Testo Cidadão Comum Refém

Toda vez ݩ a mesma histݳria, crianݧa correndo, mݣe chorando,
chapa quente,tiro pro lado, silݪncio na praݧa, um corpo de um
inocente, chega a maldita polÝ­cia, chega a polÝ­cia o medo Ý©
geral, armado, fardado, carteira assinada com ݳdio na cara
pronto para o mau, mais um preto que morre, ninguݩm me
socorre, a comunidade na cena,a arma dispara, o pݢnico
aumenta, parece atݩ cinema nݣo ݩ real, as armas nݣo sݣo de
brinquedo, quando a polÝ­cia invade a favela espalha terror e
medo, ݩ gente da gente que nݣo nos entende e usam de
violݪncia um coropo estendido no chݣo, ao lado de uma poݧa de
sangue, cosequݪncia do desespero daqueles que eram para dar
seguranݧa, que ganham aumento de bravura quando tudo
termina em matanݧa, refݩm do medo, guerreiro do inferno
guiado por jesus, na escuridݣo tentando buscar, achar uma luz,
e por falar fazendo uma curva, uma viatura, vou ter que dar
uma parada porque agora porque agora vou ter que dar uma
dura, como sempre acontece tapa no saco me chamam de preto
abusado, documento na mݣo, vinte minutos dpois eu tݴ liberado,
Ý© complicado ser revistado por um mulato fardado, que acha
que o preto favelado Ý© um retrato falado, sempre foi assim
covardia atݩ o fim, a porrada que bate na cara nݣo dݳi no
playboy burguݪs, sݳ dݳi me mim, programado pra matar(pݡ-pݡ)
atira e depois vai perguntar se ele trabalhava ou estudava, sݳ
sei que deitado no chݣo ele estݡ, e gera a revolta na cabeݧa da
comunidade que Ý© marginalizada pela sociedade, que se cala
escondida no seu condomÝ­nio, na favela ainda impera a lei do
genocݭdio, noventa por cento da populaݧݣo anda com arma na
mݣo, nݣo confia na proteݧݣo, medo de camburݣo, vݪ cacete na
mݣo, fica jogado no chݣo

CHORÝÆ'O_ quando o ݳdio dominar nÝ£o vai sobrar ninguÝ©m, o
mal que vocݪ faz reflete em mim tambݩm.. respeito ݩ para
quem tem.. pra quem tem! autoridae vem invade sem critݩrio
nenhum, som na sirene, cheiro de morte, derrubaram mais um,
na frente do filho eles quebraram o pai, o zݩ povinho fardado
vem entra mata e sai...sem ser julgado, corrompido, alienado,
revoltado, vai pintando esse quadro, o quedro do filme da sua
vida, o quadro de vidas e vidas da maioria esquecida..
decorrente do descaso e da corrupݧݣo, muleque cresceu nݣo
tinha emprego entݣo virou ladrݣo, menor bolado por aݭ tem de
montݣo, morre um nasce um monte com maior disposiݧݣo... o
pensamento de todos aqueles que moram nas favelas sݣo fiݩis..
a revolta de consome da cabeݧa aos pݩs... ݩ o ponto de
perspectiva, sem a possibilidade de escolher o que Ý© melhor pra
sua vida, e que gera a revolta na cabeݧa da comunidade que ݩ
marginalizada pela sociedade, que se cala escondida no seu
condomÝ­nio, na favela ainda impera a lai do genocÝ­dio...

sݳ a prݳpria vida me ensinou a caminhar com as prݳprias
pernas, resta agora vocݪ se livrar do mal que te corrݳi e
destrݳi...

MV BILL_ nݣo ݩ sݳ a favela que ݩ condenada a viver a luz de
vela, tݡtica de guerra, tiro, lama e terra, capitݣo do mato seco
pra atirar e nݣo erra, depois que descobre que o cara que tava
deitado ݩ inoscente, revolta na mente, favela que sente, ݳdio
que toma conta de muita gente, todo mundo pra rua querendo
botar fogo no pneu, querem se manisfestar porque alguݩm
morreu, sݳ a mݣe que vai chorar, sabe o que perdeu, tem rua
fechada, carro parado, camiseta na cara, piloto assustado,
relݳgio quebrado, busݣo tݡ quebrado, neguinho bolado,
caminhݣo saqueado, caminhݣo de shoque de porrete na mݣo,
tiro pro alto para assustar a multidݣo, tira o pino da granada pra
assustar a multidݣo, nessa hora todo mundo apanha igual
marginal, botando geral pra correr sai voando se nݣo quer
morrer, se pegar te esculacha, bomba de gݡs, bala de borracha,
a manisfestaݧݣo que era para ser contra a violݪncia, deixa mais
feridos como consequݪncia, bota a mulecada para casa, tira a
barricada, pista liberada nݣo acontece nada, multidݣo se cala,
um jݡ foi pra vala, tudo o que acontece na favela nݣo abala a
ninguݩm, pedir ajuda pra quem, veja o que tem, o povo tݡ sem,
somos do bem, faltando alguݩm, sݳ resta o choro e lamento da
famÝ­lia e dos amios, que perderam um ente queridoprocura a
Deus e diga Amݩm, de boca fechada para o seu prݳprio bem,
teve um menor de camisa na cara, que deu uma pedrada na
cara de um guarda que tava baixando a porrada, e quem nݣo
aceitava que aquilo rolava, o morro chorava, mais um episݳdio
que nݣo deu em nada, sݳ mais uma confusݣo e gente
machucada, favela ocupada, medo dominando, quem Ý©
trabalhador que fica em segundo plano, seguem matando, o
povo enterrando, imposto pagando, desacreditando, justiݧa
damando, por Deus implorando, por almas orando, com a vida
jogando,

CHORÝÆ'O_ favela ocupada por uma semana vivendo em clima de
tensݣo, quem tenta esquecer nݣo consegue se lembra quando
vݪ o sangue marcado no chݣo, a comunidade ainda assustada
aos poucos retorna ao seu dia-a-dia, a lݡgrima seca e a mente
prepara o corpo para a prݳxima covardia...
Artisti per lettera
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